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segunda-feira, 14 de julho de 2008

Como conviver com as suas fraquezas?


Texto Base: II Coríntios 12: 1-10

Por quatro vezes Paulo usa a expressão FRAQUEZA neste texto. Palavra não muito comum nas cartas escritas por ele; Paulo era um dos poucos que sabia cantar vitória como ninguém. Nas suas cartas, lemos diversas citações como: Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo”. Todos nós, assim como foi na vida de Paulo, precisamos nos examinar para descobrir onde estão nossas fraquezas. Todos nós somos expostos por Deus para passarmos por momentos de angústias, e muitas vezes, precisamos aprender a lidar com elas.

Paulo conta-nos que havia sido arrebatado até os céus, e no versículo cinco, após ver aquela coisa espetacular, junto com ela, Deus manda algumas fraquezas que ele teria que conviver. Estas fraquezas eram manifestas através de um “espinho na carne”. Note bem que Paulo não falava de uma batalha espiritual, pois ele já havia orado três vezes para que o “espinho” saísse, mas sim, de uma fraqueza física.

Nossas fraquezas não devem ser encaradas como pecado, mas como debilidades. Refiro-me aqui à fraquezas físicas ou mesmo emocionais, não a pecados como mentiras, adultério, prostituição, idolatria; pois estes, a Bíblia nos diz que quem tais coisas praticam não herdarão o Reino dos Céus. As fraquezas físicas vêm com o tempo. Aonde nossas fraquezas se alojam? As de Paulo eram no corpo (espinho na carne, um mensageiro de Satanás que o esbofeteava diariamente). Mas o que Paulo fez para se livrar delas? Paulo continuou lutando com seu espinho na carne.

Às vezes a vida nos presenteia com algumas fraquezas na área física; assim como Paulo, precisamos aprender a conviver com elas e continuar lutando na caminhada diária e descobriremos que são através delas que Deus nos fortalece. Além das fraquezas físicas, precisamos aprender também a lidar com nossas fraquezas emocionais e espirituais.

Nosso corpo não é apenas espírito ou matéria, mas também, emoções. Muitos de nós somos fracos com nossas emoções; seja ao lidarmos com visitas a hospitais, velórios, situações que trazem desconforto a alma. Todas as coisas vão passar e temos que aprender a nos fortalecer em uma única coisa para ficarmos em pé: nossa fé em Cristo.

Entretanto Paulo nos relata no verso nove: “Então, Ele me disse”. Meus amados, Deus responde nossas orações, nem sempre como queremos, mas Ele responde. O próprio Deus nos diz por meio do profeta Jeremias em Jeremias 33:3 - "Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes." No caso do “espinho” de Paulo, Ele respondeu: “A Minha Graça te basta”; e hoje, Ele nos diz o mesmo também em quaisquer circunstâncias que estejamos passando. Conviver com nossas fraquezas também é fruto da graça divina pois o poder do alto se aperfeiçoa na nossa fraqueza, e para isto, precisamos estar ligados na fonte da graça que é o Senhor Jesus.

“A graça se ajusta na fraqueza e o Poder a transforma em força.”

Paulo então começaria a se gloriar nas suas fraquezas, para que o poder de Deus repousasse nele. Assim devemos também fazer hoje, meu amado. Sejam nossas fraquezas: angústia, perseguições, doenças, crises diversas – devemos sempre nos lembrar de que é Deus quem nos fortalece e somos mais do que vencedores por meio dAquele que nos amou primeiro.

Que hoje possamos aprender a lidar com as nossas fraquezas, nos alegrarmos nelas para que o poder divino repoussé sobre nós também! Deus te abençoe!

(Montagem feita a partir do sermão pregado dia 13/07/2008, domingo pela manhã, pelo Pr. Aguiar Valvassoura, na Igreja do Nazareno Central de Campinas, anotado por Lucas Tognolo)

(L. Aguiar Valvassoura, Pastor da Igreja do Nazareno Central de Campinas, SP, é preletor e conferencista em vários congressos e seminários nacionais e internacionais, bacharel em teologia pela Faculdade Teológica Nazarena de Campinas – Brasil, doutor Honoris Causa pela Universidade Nazarena de Point Loma – EUA, é criador do Colégio Jaime Kratz e da Associação Nazarena Assistencial que atende hoje cerca de 310 crianças e é fundador do Ministério Mãos Estendidas)