Mateus 16:24
A negação sempre foi a maior motivação para o início das grandes revoluções que, de certa forma, marcaram a história de toda a humanidade. Ruptura, mudança brusca ou notável, uma transformação radical que por objetivo visava o novo, não só para um determinado grupo, que se identificava por um mesmo ideal, mas para todo um povo marcado por uma mesma bandeira.
Faz parte do ser humano a incansável busca pela satisfação do seu ego e quanto mais esse desejo é satisfeito, torna-se ainda mais incontrolável essa busca gananciosa e egoísta. Esse é um efeito que tornou o homem ainda mais superficial e individualista, andando por um território cheio de escombros, sem vida, sem diferença, em uma inércia espiritual jamais experimentada e quando nos deparamos com quem realmente somos, nos sentimos totalmente frustrados, porque o que podemos ver é apenas nada. Por permanecermos nesse marasmo, ao percebermos a realidade e a “pessoalidade” do Divino, o nosso EU tenta fracassadamente explicá-Lo como se Ele tivesse início, meio e fim. Quando nos dispomos conhecer melhor a Deus, descobrimos que não podemos fazê-lo de forma completa e definitiva. Algo sempre nos escapa. Somos ofuscados a nos aproximarmos Dele e assim ficamos atônitos, pasmos diante do insondável de Deus e tudo o que pretendemos descrever sobre Ele é muito do que percebemos. Isto demonstra a nossa limitação diante do que nada mais é de que a VERDADE.
Jesus é ainda nos dias de hoje o responsável pela maior revolução que já aconteceu na história de todo o mundo: A Revolução do EU. As primeiras palavras que abrem essa reflexão de vida é uma afirmação do próprio Cristo para os Seus. Negar, tomar e seguir são palavras imperativas do Mestre que ecoam até hoje, propondo assim uma revolução no interior de cada um de nós que O escutamos. Será que somos um deles?
O que negar? O que tomar? A quem seguir?
As respostas para essas perguntas nós não encontraremos aqui nesse texto. Elas estão escritas no coração de cada um, e por serem as mais verdadeiras, nós coçaremos a cabeça, mentirosamente, questionando-nos: O que? Não vejo o que mudar! Será?
Quando olhamos para Jesus Cristo vemos o que devemos fazer. Por nos amar Ele negou a sua própria glória. Por amá-Lo negamos... Por nos amar Ele tomou a Sua própria cruz. Por amá-Lo, tomamos... Por nos amar Ele obedeceu a vontade do Pai até o fim. Por amá-Lo ...
Nessa revolução não encontraremos mais sangue, pois o sangue que havia de ser derramado, já foi.
Uma oração: Pai, ajuda-me a olhar para Ti, e por amar-Te, dá-me forças para seguir-Te com a minha cruz, para a glória do Teu filho Jesus Cristo, amém!
(Texto extraído do devocional do Acampamento Revolução, 25-27 de Julho de 2008, Serra Negra/SP, Ministério Conexão – JNI da Igreja do Nazareno Central de Campinas, escrito pelo Pr. Bruno Brito)
(Bruno Brito é pastor auxiliar da Igreja do Nazareno em Curitiba/PR e formado pelo Seminário Teológico Nazareno de Campinas/SP)